segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Um milhão de alunos a distância – MEC

O Brasil terá até o final do ano cerca de um milhão de estudantes universitários matriculados em cursos à distância. A previsão é de Hélio Chave Filho, diretor de Regulação e Supervisão da Educação à Distância do Ministério da Educação, durante debate na Universidade de São Paulo.

Segundo o representante do órgão,atualmente o país contabiliza aproximadamente 870 mil estudantes nesta modalidade de ensino.

O número total de alunos matrculados será divulgado no Censo da Educação Superior, previsto para ser apresentado ainda este ano.

Fonte:  http://www.educacaoadistancia.blog.br/um-milhao-de-alunos-a-distancia-mec/

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ensino a distância contorna falta de tempo e agrega na carreira profissional


Modalidade de cursos não presenciais permitem que interessados se matriculem em escolas internacionais

De um lado as empresas querem profissionais qualificados, que possuam no currículo cursos de extensão, especialização e pós-graduação. De outro, os profissionais precisam trabalhar e nem sempre possuem tempo suficiente para se deslocar até as escolas enfrentando, por exemplo, o trânsito intenso das grandes capitais.

Juntando a necessidade de estudar com as dificuldades em frequentar os centros de ensino, uma das respostas que surge é a modalidade de ensino EAD (Ensino a Distância). No entanto, mesmo se apresentando como uma opção para enfrentar os problemas inerentes às sociedades dinâmicas, ainda existem dúvidas e insegurança quando o assunto é novas formas de ensino, em especial, o realizado de forma não presencial.

Segundo a associada e colaboradora da Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância), professora Consuelo Fernandes, “a insegurança que a sociedade ainda tem frente aos cursos a distância reflete a nossa própria história, que é uma história de ensino presencial. Muitos ainda têm a ideia de que só é possível aprender se alguém - um professor - estiver controlando e ensinando o aluno diretamente”.

É possível perceber, portanto, que o receio está mais ligado à dificuldade da sociedade em aceitar os avanços tecnológicos do que com a real eficácia do modelo. Mesmo assim, os benefícios já estão sendo confirmados, as vantagens são claramente perceptíveis e quem tiver vontade e disposição a sugestão é que se invista, sim, no ensino a distância.

Cursos internacionais
Um dos fatores que contribui para o avanço do ensino a distância e ajuda a sociedade a confiar cada vez mais na modalidade é o fato das escolas tradicionais já ofertarem esse tipo de curso. Universidades federais e privadas, como a FGV (Fundação Getulio Vargas) e a PUC, por exemplo, já aderiram ao EAD.

Consuelo ainda vai mais longe. Além de grandes centros de ensino no Brasil, os interessados podem, sem sair de casa, realizar cursos em universidades renomadas no mundo todo. MIT (Massachusetts Institute of Technology), Harvard, universidades na Espanha, França, Inglaterra, entre outras, também oferecem esse tipo de curso.

Nos cursos internacionais, o interessado deverá passar por um processo seletivo, que usualmente avalia o nível de proficiência na língua que o curso será ministrado, normalmente o inglês, e análise do currículo. Ainda, será preciso realizar, ao longo do curso, cerca de duas viagens para concluir os estudos, isso nos casos de graduação e pós-graduação; os cursos livres já não são tão exigentes. No Brasil, as exigências são parecidas.

A visão das empresas
Caso tenha realizado um curso a distância e esteja se perguntando se deve ou não colocar essa informação no currículo, de acordo com o gerente de relacionamento da FocoTalentos, Gustavo Nascimento, a sugestão é que adicione, sim, essa informação. “É importante que o candidato já inicie sua relação com o empregador da forma mais clara e transparente possível. As empresas não fazem diferenciação entre aqueles que realizaram cursos a distância ou presenciais”, pondera Nascimento.

De fato, quando o curso que se pretende fazer é uma graduação, pode ser mais interessante optar pela modalidade presencial, devido a outros motivos que vão além do simples aprendizado. No entanto, com relação aos cursos de extensão, especialização e pós-graduação, que são foco do público mais experiente e maduro, optar pela modalidade a distância é favorável.

Nascimento ainda observa que, no máximo, o candidato será questionado, durante o processo seletivo, sobre as razões que o levaram a optar pelos cursos não presenciais. Frisar seu interesse em desenvolver sua carreira e aumentar seus conhecimentos é sempre recomendado.

Principais cuidados
Quando o profissional entende os benefícios e decide ingressar em um dos diversos cursos a distância é importante prestar atenção em alguns fatores. Em primeiro lugar, em casos de cursos de graduação e pós-graduação (Lato Sensu), é importante verificar junto ao MEC se o curso está autorizado. A pesquisa é simples e pode ser feita no próprio site do ministério.

Nenhum curso a distância, reconhecido pelo MEC, é 100% não presencial. Será preciso que o aluno se desloque, em determinados momentos do curso, até a instituição de ensino, seja para realizar provas ou apenas para se reunir com o professor e com o grupo. O MEC também exige que, para uma escola oferecer um curso a distância, ela deve obrigatoriamente já ofertar esse mesmo curso na modalidade presencial.

Outra recomendação antes de se matricular é optar por escolas renomadas, que possuem certa tradição no mercado. Caso o interessado fique na dúvida quanto à real integridade do curso, a sugestão é entrar em contato com pessoas que já finalizaram o curso em questão. Também é interessante se certificar que existe uma proposta de interatividade, ou seja, se o aluno poderá conversar com o professor, tirar dúvidas e entrar em contato com o grupo.

Para não perder tempo e garantir que o dinheiro será bem investido, esqueça a lógica de que cursos a distância devem ser de baixíssimo custo. Manter professores, estruturar projetos pedagógicos eficientes e úteis, que realmente vão ajudar no desenvolvimento da sua carreira, não é uma tarefa barata. Apesar de não haver todo o aparato físico, como no caso dos cursos presenciais, um ensino a distância eficiente requer muitas ferramentas que não são baratas, a exemplo de softwares e o demais aparatos tecnológicos. Portanto, é preciso ter cuidado com cursos muito baratos.

Educação a distância corporativa
Os profissionais estão observando que as empresas já vêm investindo cada vez mais no sentido de oferecer cursos a distância aos seus colaboradores. Um caso que é possível citar como exemplo é o da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), conforme comenta a gerente de projetos especiais da Dtcom, empresa focada em educação e comunicação corporativa, Luciana Precaro.

Visando aumentar a comunicação entre os colaboradores, reduzir custos com viagens e aumentar o número de programas de treinamento e desenvolvimento alinhado às estratégias empresariais, a Fenabrave adquiriu programas via satélite oferecidos pela Dtcom. “Com os cursos a distância é possível fazer com que todos os colaboradores possam ter contato com as práticas dos melhores profissionais’, comenta Luciana.

Luciana ainda ressalta que as avaliações mostraram que os profissionais se mostram motivados quando assunto é treinamento a distância, pois percebem que está sendo feito um investimento para o desenvolvimento de suas carreiras.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/ensino-a-distancia-contorna-falta-de-tempo-e-agrega-na-carreira-profissional/47131/

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Movimento “PNE pra Valer!” divulga cálculos que justificam 10% do PIB para educação

Na próxima quarta-feira, 17/8, o movimento “PNE pra Valer!”, criado e coordenado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, irá divulgar Nota Técnica que justifica a aplicação do equivalente a 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação no país.

Este valor é defendido pela Campanha desde que o PL 8035/2010 (PNE – Plano Nacional de Educação) começou a tramitar no Congresso Nacional, em 15 de dezembro de 2010. A Campanha vem incidindo na criação do novo PNE desde as etapas municipais da Conae (Conferência Nacional de Educação). Em fevereiro de 2011, a rede apresentou 101 emendas ao projeto de lei.

A Nota Técnica mostra que os 7% do PIB propostos pelo Governo Federal são insuficientes para oferecer um padrão mínimo de qualidade aos estudantes brasileiros. O documento encontra-se embargado até a data de divulgação, que acontecerá na manhã de quarta-feira, 17/8, em Brasília, como parte da programação do 6º Encontro Nacional da Campanha, aberto à imprensa. À tarde, cerca de 100 participantes do Encontro seguirão em peso ao Congresso Nacional para “arrastão” nos gabinetes dos deputados que compõem a Comissão Especial do PNE, para divulgação e entrega da nota. Algumas audiências já estão agendadas com lideranças educacionais da Câmara dos Deputados.

Encontro da Campanha – O 6º Encontro Nacional da Campanha acontece de 15 a 17 de agosto, na Casa de Retiros Assunção, em Brasília. O principal assunto a ser discutido é o PNE, que vai estabelecer as metas para a educação no Brasil nos próximos dez anos. Participarão cerca de 100 pessoas, entre dirigentes da Campanha, pesquisadores e ativistas da área de educação, provenientes de 22 Estados.

Fonte: Campanha Nacional pelo Direito à Educação

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Aula a distância não é “fast-food”

Uma liminar da Justiça Federal proibiu a veiculação da campanha do Conselho Federal do Serviço Social que compara o ensino a distância de Serviço Social à alimentação fast-food. A liminar foi concedida pelo juiz federal Haroldo Nader, da 8ª Vara de Campinas (SP), em ação cautelar movida pela Associação Nacional dos Tutores de Ensino a Distância (Anated).

Intitulada “Educação não é fast-food – diga não à graduação a distância em Serviço Social”, a campanha começou a ser veiculada em maio. Além de 13 filmes no YouTube, foram feitos spots em rádios comunitárias e material gráfico, como adesivos e cartazes associando o ensino a distância à alimentação de baixa qualidade. Em um dos filmes, por exemplo, um atendente recebe uma moça em uma lanchonete para oferecer um “combo” educacional.

No site do CFESS estão descritas as motivações da campanha, como na pergunta: “Já imaginou trocar suas refeições por um lanche rápido durante quatro anos? É exatamente isso que ocorre com quem escolhe o ensino de graduação a distância em Serviço Social”. Para o magistrado, o modo como estudantes e tutores são tratados é “pejorativo”. O descumprimento pode levar a uma multa diária de R$ 1 mil.

Fonte:  http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,liminar-proibe-divulgacao-de-material-que-compara-ensino-a-distancia-a-fast-food,753702,0.htm

Goiás lança programa de qualificação para formar 500 mil trabalhadores

Para combater a ameaça de um apagão de mão de obra, o governo de Goiás lança amanhã um programa de qualificação profissional - anunciado como "o mais abrangente do Brasil" feito por governos estaduais - para formar 500 mil trabalhadores até o fim de 2014. Serão investidos, apenas com recursos públicos, cerca de R$ 600 milhões nos próximos três anos e meio."A preocupação não é só qualificar, mas inserir essas pessoas no mercado de trabalho", afirma o secretário goiano de Ciência e Tecnologia, Mauro Fayad. Por isso, a formação técnica está orientada pela demanda da iniciativa privada e busca aproveitar a vocação econômica de cada região do Estado.

No município de Catalão, onde está instalada uma fábrica da Mitsubishi e há um polo de mineração, privilegia-se a formação nas áreas metal-mecânica e química. Em destinos turísticos, como Caldas Novas e a cidade histórica de Goiás, os cursos são preferencialmente nos segmentos de gastronomia e hotelaria.

Goiás, com quase 6 milhões de habitantes, tem o nono maior PIB do país. Batizado de Bolsa Futuro, o programa do governo estadual procura "antecipar-se ao apagão de mão de obra", define Fayad. Até o fim de seu mandato, o governador Marconi Perillo (PSDB) promete graduar cerca de 8% da população do Estado.

Haverá cursos como de operador de máquinas agrícolas, técnicas de reprodução animal e destilador de etanol. A montagem dos cursos recebeu assessoria externa - da Fundace, vinculada à USP de Ribeirão Preto, e do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad).

Os cursos terão duração máxima de seis meses e 200 mil vagas estão previstas para a população de baixa renda. De acordo com o secretário, quem está inscrito no Bolsa Família ou no Renda Cidadã (o programa estadual de distribuição de renda) deverá receber benefício adicional de R$ 75 em espécie, além do valor do curso. "Independentemente da ajuda extra, qualquer pessoa poderá se inscrever nos cursos."

O pessoal de baixa renda terá um "ciclo comum" de formação, destinado a uniformizar o conhecimento "muito heterogêneo", segundo Fayad. Fazem parte desse pacote cursos de português e matemática básicos, além de redação. A frequência mensal mínima de 75% nas aulas e nota igual ou superior a oito garantirá aos estudantes de baixa renda um mês a mais de benefício financeiro, adicional aos cursos.

Segundo estatísticas do Ministério do Trabalho, Goiás é o Estado que teve o maior aumento na contratação de mão de obra com carteira assinada no primeiro semestre. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam crescimento de 7,53% das vagas formais entre o fim do ano passado e junho de 2011 - o ritmo de expansão é o dobro da média nacional.

Para viabilizar o ensino a distância - apenas 4 das 12 horas-aula semanais serão presenciais, o governo de Goiás tenta impulsionar o uso de banda larga no Estado. Foram fechadas parcerias com entidades empresariais, como a federação das indústrias e associações comerciais, para facilitar a oferta de vagas aos alunos que se formarem no Bolsa Futuro.

Fonte: Valor Econômico - 09/08/2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MEC estabelece novas regras para cursos de especialização


   O Ministério da Educação define novas regras para a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu. O parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), homologado pelo ministro em exercício, José Henrique Paim, no dia 1º de agosto, extingue o credenciamento especial de instituições não educacionais – conselhos de classe, sindicatos, organizações profissionais – para a oferta de cursos de especialização (pós-graduação lato sensu).

Essas instituições poderão continuar a oferecer os cursos que serão considerados livres ou poderão ser credenciados na modalidade strictu sensu, como mestrado profissional, sujeitos à regulamentação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A exceção serão as escolas de governo, criadas e mantidas pelo poder público, que poderão oferecer cursos de pós-graduação lato sensu, independente de credenciamento especial do MEC.

http://www2.enap.gov.br/rede_escolas/index.php?option=com_content&task=view&id=14&Itemid=28

Até agora, cerca de 100 instituições possuíam o credenciamento especial. Aos estudantes matriculados até 31 de julho de 2011, será assegurado o direito ao certificado do curso como pós-graduação. Ao todo, há cerca de 400 processos entre credenciamento e recredenciamento de instituições, que a partir de agora serão arquivados.

As novas regras para a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu serão publicadas nesta sexta-feira, 5, no Diário Oficial da União.

http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=49&data=05/08/2011

Fonte:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16945

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ensino à distância arranca no próximo ano

A partir do próximo ano lectivo, a direcção provincial de Malange da Educação, Ciência e Tecnologia vai aplicar o ensino aberto à distância, para a formação de futuros professores.
A iniciativa, disse ontem o responsável do sector na província, Gabriel Boaventura, visa dar cumprimento ao que está plasmado na Reforma Educativa, que consiste em 30 alunos por turma.
Gabriel Boaventura assegurou que a Escola de Formação de Professores vai receber atenção especial por parte da Direcção da Educação, para que o projecto seja um êxito. Gabriel Boaventura disse que o projecto vai abranger na sua maioria estudantes que já são professores.
Os referidos estudantes vão ter aulas presenciais semanais ou quinzenalmente aos sábados, apenas para receberem conteúdos para as avaliações. “Eles vão estudar a seu próprio ritmo e assim vamos criar as condições para que a formação do professor tenha um pouco mais de qualidade.” Com a aplicação do projecto, vão deixar de existir turmas com mais de 70 alunos, o que, na sua óptica, atropela os princípios que regem o ensino.“Numa turma de 70 alunos, não é possível o professor prestar atenção às particularidades individuais de cada um”, disse o director provincial da Educação, acrescentando que estão a ser admitidos mais professores para reforçar o processo de ensino.

Fonte: http://jornaldeangola.sapo.ao/14/20/ensino_a_distancia_arranca_no_proximo_ano

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Distância modifica paradigmas


“O aluno tem de ser capaz de construir o edifício de seu próprio conhecimento”. Assim o presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), Fredric Litto, define a mudança de foco que ocorre no ensino, fruto das alterações tecnológicas e de relações das últimas décadas. Segundo ele, estão com os dias contados as relações “prato feito”, nas quais os educadores oferecem uma quantidade limitada de informação que os alunos devem absorver. “Como a popularização da internet, essa lógica não tem como se manter. O aluno hoje busca um novo professor”.

Para o especialista, o aluno da EAD, apesar de beneficiado pelas facilidades temporais e geográficas, precisa ter mais motivação e disciplina do que o da modalidade presencial. “E preciso mais tempo para leitura e participação nas discussões online. A educação a distância também tem menor nível de flexibilidade em relação a prazos. O aluno não pode chorar para o professor”, lembra Litto.

Em condições, no entanto, não têm desanimado os estudantes: os níveis de abandono e evasão da modalidade a distância é bastante similares aos da presencial. O presidente da ABED afirma que o perfil de quem procura a EAD colabora para esse resultado: “São alunos mais maduros, que já trabalham e têm família. Não largam seus cursos, pois dependem deles para o futuro profissional”.

Para garantir que os esforços sejam recompensados pela instituição de ensino, Litto explica que os interessados precisam pesquisar a reputação dos cursos antes de se matricular, fazendo, se possível, experiências gratuitas. “O aluno deve exigir o máximo de sua escola, com especial atenção ao material ofertado, número de tutores e à qualidade dos exames.”

Fonte: Folha de São Paulo